Fonte: Culturadoria | 08/Mai/2024
Os dois consagrados pernambucanos sobem ao palco do Teatro Sesiminas nesta sexta-feira, 10 de maio, para reverenciar o Clube da Esquina
Uma apresentação que promete ficar na memória da plateia está agendada para esta sexta-feira, 10 de maio, no palco do Teatro Sesiminas. Assim, a partir das 19h30, dois dos mais celebrados representantes da cena musical contemporânea adentram o palco imbuídos da missão de revisitar os clássicos do Clube da Esquina em um espetáculo intimista. Em cena, o pianista, tecladista, arranjador e compositor de jazz Amaro Freitas, acompanhado pela voz de Zé Manoel (também compositor e pianista).
Este será o primeiro encontro dos pernambucanos na terra do Clube da Esquina, após uma temporada de apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza. Amaro, aliás, ressalta que a troca com o público tem se tornado cada vez mais potente (“e íntima”) a cada apresentação. “Esse é o maior tesouro: perceber a força do Clube pela nossa perspectiva”, completa o pianista, que hoje já alcançou projeção internacional.
Zé Manoel, por sua vez, ressalta que cantar o repertório do Clube da Esquina, além de um grande desafio, representa uma oportunidade ímpar na carreira. “Ou seja, reverenciar artistas que fizeram – e fazem – parte da minha formação como músico e compositor”, prossegue ele. O artista também pontua que, assim como o movimento mineiro nasceu lá atrás, nos anos 1970, do encontro de grandes artistas e amigos, agora, neste projeto, ele tem a felicidade de estar em ótima companhia. “Junto a um grande artista e amigo, para reviver esse repertório de 1972 que continua vivo, atual e arrebatador”.
O passeio musical em homenagem ao Clube da Esquina tem parada obrigatória em obras como “Tudo que você podia ser”, “Cais”, “Nada Será como Antes” e “Clube da Esquina 2”, bem como “O Trem Azul”. Do mesmo modo, entram no roteiro “Um Girassol da Cor de Seu Cabelo” e “Paisagem da Janela”.
Aos 32 anos, o pianista Amaro Freitas já tem o talento registrado em discos aclamados pela crítica. Assim, em 2016, lançou “Sangue Negro”, seguido por “Rasif” (2018) e, mais recentemente, “Sankofa” (2021). Entre as influências confessas dele, estão nomes como Moacir Santos, Johnny Alf e, claro, este nome basilar da música mineira que é Milton Nascimento, um dos pilares do Clube da Esquina. Ou seja, criadores negros que ressignificaram o jazz e a música popular brasileira.
(Abaixo, Amaro, à direita, junto a Zé Manoel, em foto de Paula Maestrali/Divulgação)
O cantor, compositor e também pianista pernambucano Zé Manoel, 44 anos, é reverenciado pela crítica e pelo público mais atento como um dos protagonistas da música independente brasileira. O reconhecido “sabiá” tem três discos e um DVD lançados no Brasil, sendo que dois deles também foram editados no Japão.
Um dos destaques da trajetória dele é o álbum “Do Meu Coração Nu”, que dá luz e voz a questões raciais, abordadas por meio de críticas sociais, do amor preto, do diálogo com outros artistas e pensadores pretos. Assim, o intuito foi reconstruir as histórias perdidas na diáspora africana. O álbum foi indicado ao Grammy Latino 2020 na categoria melhor disco de música brasileira.
Amaro Freitas e Zé Manoel – Clube da Esquina
Quando. Nesta sexta-feira, 10 de maio, às 19h30
Onde. Centro Cultural Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia)
Quanto. R$ 100 ou R$ 50 (neste caso, o valor da meia)
Não é permitida a entrada após 15 minutos de início do espetáculo
Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/90527/d/237402/s/1619812
Classificação Etária: Livre
Duração: 90 minutos
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